sexta-feira, 19 de março de 2010

A mulher hemorrágica

(Mc 5:25-34)

Jesus foi tocado por uma mulher, no meio de uma multidão, de modo que fez com que Ele parasse e perguntasse: “Quem me tocou?”. “Como o Senhor pergunta isso, se todos estão te apertando?”, indagaram seus discípulos. Mas somente Jesus e a mulher sabiam que tinha acontecido um milagre, que dEle saíra poder e ela sentiu instantaneamente a sua hemorragia de 12 anos sendo estancada.
A mulher israelita ficava impura o tempo em que menstruava (Lv 15:19-30). Tudo que tocava, lugar onde sentava, era considerado imundo. Nenhuma pessoa poderia ter contato com essa mulher, do contrário também ficava imundo até o final do dia. No período normal do seu fluxo a impureza durava 7 dias, no término dos quais ela se purificava tomando um banho. Se, por algum problema orgânico o seu fluxo continuasse, o tempo todo era impura e separada por todos. Nessa cultura a mulher viveu 12 anos, sem intimidade com as pessoas. Se outros descobrissem seu mal, se afastariam.
O toque significava revelar sua impureza. Em vez de Jesus ser contaminado pelo contato com ela, esse toque tornou-a pura e sadia outra vez. Em Jesus há cura onde a medicina falha, Ele oferece perdão quando o coração afirma que não merece ser perdoado, a misericórdia onde todos te condenam, paz em meio ao caos. A hemorragia trazia em si dificuldades, falta de liberdade, debilidades, fraqueza, controlava toda a vida e os movimentos, a espontaneidade e a naturalidade.
Jesus perguntou e queria que ela expusesse a sua aflição pessoal e escondida. Ela, mesmo atemorizada e tremendo, revelou toda a verdade, experimentando assim a cura completa ao ouvir de Jesus publicamente que ela estava purificada elogiando sua fé, despedindo-a em paz.

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